Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)
As informações divulgadas pelo presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, sobre o megacampo de petróleo que seria cinco vezes maior que o de Tupi, acentuam a necessidade de centrar forças em torno do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, lançado na ABI, em março, por entidades sindicais e movimentos sociais de todo o país.
A tendência nos últimos anos é de crescente nacionalização das jazidas de óleo e gás. Venezuela, Rússia, Bolívia, Peru, Equador são casos relativamente recentes de renacionalização das jazidas. De acordo com a empresa internacional de consultoria PFC Energy, 77% dos hidrocarbonetos do mundo pertencem às companhias nacionais, portanto, ao setor público (dados divulgados em 2007).
Jean-Pierre Séréni publicou no Le Monde, em 11 de abril de 2007, que chamadas "sete irmãs", hoje reduzidas a cinco - Exxon, Shell, BP, Total e Chevron - "controlam apenas 9% das jazidas. Os novos titãs do óleo são as companhias nacionais de petróleo dos países- membros da OPEP. Dez delas dispõem da maior parte das reservas (53%), detendo um poder nada desprezível. Outras companhias nacionais exploram outros 16% das reservas, em Estados como a China, Índia, Brasil e Malásia, onde a demanda estoura no ritmo alucinante do crescimento econômico da maioria desses países".
A descoberta de novas reservas no Brasil, enquanto em outras partes do mundo elas secam, coloca o país em condição privilegiada e aguça a cobiça das grandes potências, cujos interesses têm sido favorecidos pela vigência da Lei 9478/97, a lei de FHC que permite às empresas estrangeiras explorar e exportar o nosso petróleo e gás, sem controle do Estado brasileiro, o que, dentre outros prejuízos à nossa soberania, pode levar o país a ter que importar o óleo originário do solo nacional, ao preço estabelecido pela especulação do mercado externo!
Quando foi anunciado o potencial do campo de Tupi, no ano passado, o presidente da petrobrás, Sérgio Gabrielli, fez a seguinte declaração à Agência Brasil, avaliando o potencial da área de pré-sal: "Na mesma camada onde foi descoberta a jazida no Campo de Tupi, pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. Para isso, a companhia tem de intensificar a extração nessa profundidade do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina". Técnicos da empresa, no entanto, acreditam que o potencial dessas reservas pode ser ainda maior.
Portanto, a declaração de Haroldo Lima sobre o Campo Carioca, que apenas teria reproduzido, durante um seminário, dados de uma reportagem publicada em fevereiro de 2008, na revista americana "World Oil", é mais um sinal de que as previsões técnicas vão se confirmando.
Para quem está preocupado com o controle da Nação sobre as nossas riquezas é secundário se a informação produziu ou não turbulência no mercado de ações e se isso é bom ou ruim para o referido mercado. Hoje o desafio mais premente é a suspensão imediata dos leilões das áreas promissoras em petróleo e gás, promovidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), pelo menos até que seja revista a Lei 9.478/97 (Lei do Petróleo), considerando, sobretudo, as descobertas na área de pré-sal. Tal como está formulado, o marco regulatório compromete profundamente o futuro do Brasil como nação soberana:
Participe do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás. Essa é uma luta de todos os brasileiros e brasileiras!
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Nota oficial da Petrobras sobre as declarações de Haroldo Lima
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"Com relação às informações atribuídas ao diretor geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Haroldo Lima, divulgadas na segunda-feira (14/04) pela imprensa, relacionadas a possíveis reservas na área denominada Carioca, a Petrobras esclarece o seguinte:
O consórcio formado pela Petrobras (45% - Operadora), BG (30%) e Repsol YPF Brasil (25%) continua seguindo o programa exploratório do Bloco BM-S-9 na Bacia de Santos. O Bloco é composto por duas áreas exploratórias. Na maior delas foi perfurado o primeiro poço 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50) que resultou na descoberta anunciada em 05 de setembro de 2007. Na ocasião foi informado ao mercado que são necessários novos investimentos que contemplariam a perfuração de novos poços e cujo Plano de Avaliação está em fase final de elaboração e deve ser protocolado na ANP nos próximos dias.
Seguindo o cronograma normal de exploração, a Companhia iniciou em 22 de março de 2008 a perfuração do segundo poço, o 1-BRSA-594-SPS (1-SPS-55), situado na área menor do bloco, mas que até o momento não atingiu a camada do pré-sal. A continuidade das atividades exploratórias inclui a perfuração de novos poços, teste de formação de longa duração e novos estudos geológicos para comprovar a abrangência da descoberta.
Dados mais conclusivos sobre a potencialidade da descoberta somente serão conhecidos após a conclusão das demais fases do processo de avaliação, e serão informados ao mercado oportunamente."
Enviado por www.apn.org.br
É permitida (e recomendada) a reprodução desta matéria, desde que citada a fonte.
As informações divulgadas pelo presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, sobre o megacampo de petróleo que seria cinco vezes maior que o de Tupi, acentuam a necessidade de centrar forças em torno do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, lançado na ABI, em março, por entidades sindicais e movimentos sociais de todo o país.
A tendência nos últimos anos é de crescente nacionalização das jazidas de óleo e gás. Venezuela, Rússia, Bolívia, Peru, Equador são casos relativamente recentes de renacionalizaçã
Jean-Pierre Séréni publicou no Le Monde, em 11 de abril de 2007, que chamadas "sete irmãs", hoje reduzidas a cinco - Exxon, Shell, BP, Total e Chevron - "controlam apenas 9% das jazidas. Os novos titãs do óleo são as companhias nacionais de petróleo dos países- membros da OPEP. Dez delas dispõem da maior parte das reservas (53%), detendo um poder nada desprezível. Outras companhias nacionais exploram outros 16% das reservas, em Estados como a China, Índia, Brasil e Malásia, onde a demanda estoura no ritmo alucinante do crescimento econômico da maioria desses países".
A descoberta de novas reservas no Brasil, enquanto em outras partes do mundo elas secam, coloca o país em condição privilegiada e aguça a cobiça das grandes potências, cujos interesses têm sido favorecidos pela vigência da Lei 9478/97, a lei de FHC que permite às empresas estrangeiras explorar e exportar o nosso petróleo e gás, sem controle do Estado brasileiro, o que, dentre outros prejuízos à nossa soberania, pode levar o país a ter que importar o óleo originário do solo nacional, ao preço estabelecido pela especulação do mercado externo!
Quando foi anunciado o potencial do campo de Tupi, no ano passado, o presidente da petrobrás, Sérgio Gabrielli, fez a seguinte declaração à Agência Brasil, avaliando o potencial da área de pré-sal: "Na mesma camada onde foi descoberta a jazida no Campo de Tupi, pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. Para isso, a companhia tem de intensificar a extração nessa profundidade do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina". Técnicos da empresa, no entanto, acreditam que o potencial dessas reservas pode ser ainda maior.
Portanto, a declaração de Haroldo Lima sobre o Campo Carioca, que apenas teria reproduzido, durante um seminário, dados de uma reportagem publicada em fevereiro de 2008, na revista americana "World Oil", é mais um sinal de que as previsões técnicas vão se confirmando.
Para quem está preocupado com o controle da Nação sobre as nossas riquezas é secundário se a informação produziu ou não turbulência no mercado de ações e se isso é bom ou ruim para o referido mercado. Hoje o desafio mais premente é a suspensão imediata dos leilões das áreas promissoras em petróleo e gás, promovidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), pelo menos até que seja revista a Lei 9.478/97 (Lei do Petróleo), considerando, sobretudo, as descobertas na área de pré-sal. Tal como está formulado, o marco regulatório compromete profundamente o futuro do Brasil como nação soberana:
Participe do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás. Essa é uma luta de todos os brasileiros e brasileiras!
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Nota oficial da Petrobras sobre as declarações de Haroldo Lima
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"Com relação às informações atribuídas ao diretor geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Haroldo Lima, divulgadas na segunda-feira (14/04) pela imprensa, relacionadas a possíveis reservas na área denominada Carioca, a Petrobras esclarece o seguinte:
O consórcio formado pela Petrobras (45% - Operadora), BG (30%) e Repsol YPF Brasil (25%) continua seguindo o programa exploratório do Bloco BM-S-9 na Bacia de Santos. O Bloco é composto por duas áreas exploratórias. Na maior delas foi perfurado o primeiro poço 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50) que resultou na descoberta anunciada em 05 de setembro de 2007. Na ocasião foi informado ao mercado que são necessários novos investimentos que contemplariam a perfuração de novos poços e cujo Plano de Avaliação está em fase final de elaboração e deve ser protocolado na ANP nos próximos dias.
Seguindo o cronograma normal de exploração, a Companhia iniciou em 22 de março de 2008 a perfuração do segundo poço, o 1-BRSA-594-SPS (1-SPS-55), situado na área menor do bloco, mas que até o momento não atingiu a camada do pré-sal. A continuidade das atividades exploratórias inclui a perfuração de novos poços, teste de formação de longa duração e novos estudos geológicos para comprovar a abrangência da descoberta.
Dados mais conclusivos sobre a potencialidade da descoberta somente serão conhecidos após a conclusão das demais fases do processo de avaliação, e serão informados ao mercado oportunamente.
Enviado por www.apn.org.
É permitida (e recomendada) a reprodução desta matéria, desde que citada a fonte.
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