terça-feira, 16 de junho de 2009

Rumo às mobilizações e lutas sociais

 

Editorial do Jornal Sem Terra, ed. 293 junho/2009

10/06/2009

O APROFUNDAMENTO da crise com suas mais variadas consequências — como o corte de verbas no orçamento das pastas sociais; a queda da produção industrial,agrí cola e do crescimento econômico; e principalmente o aumento da taxa de desemprego com notícias diárias de demissões em massa pelas grandes empresas — já seria motivo mais que suficiente para uma reação contundente da classe trabalhadora em nosso país. Entretanto, o que vemos ainda é um país em estado de dormência, que somente agora, com os ventos da crise, começa a dar sinais que pode acordar da anestesia da chamada "longa noite neoliberal".

Aos poucos, o efeito em cadeia da crise, que no início era sentida somente por alguns setores, começa a atingir toda população, que vê dia após dia sua sobrevivência sendo ameaçada e seus direitos atacados sistematicamente. Nem mesmo a massiva propaganda do governo, que diariamente tenta passar a idéia de que tudo está sob controle e que não há motivo para mudanças profundas e estruturais, será suficiente para conter a verdade dos fatos que estão nas ruas, nas fábricas, nos campos e nas casas de cada um de nós brasileiros e brasileiras.

A receita e o modus operandi que são anunciados a quatro ventos pela burguesia e pelos poderosos para a saída da crise é a revigoração do capitalismo, ainda mais explorador e excludente, que esultaria, sem dúvida, numa verdadeira barbárie para as amplas massas empobrecidas. Ou seja, é mais do mesmo. É mais destruição dos recursos naturais, do meio ambiente, com alterações climáticas graves, afetando as condições de vida de bilhões de pessoas que hoje vivem, sobretudo, nas grandes cidades.

Não fomos nós que produzimos essa crise, também não podemos nem devemos pagar por ela. No entanto, sabemos que o cenário ainda nos é desfavorável, com ampla hegemonia do capital. O que nos vai exigir, como militantes sociais, como dirigentes nas instâncias coletivas de nosso Movimento e nas mais diferentes formas de organização popular, concentrar nossas energias para levar o debate para o povo, estimular a organização e a consciência e, sobretudo, potencializar a luta social para defender os direitos e impedir que a crise se abata sobre a classe trabalhadora.

Em janeiro desse ano, participamos no Fórum Social Mundial em Belém, de um amplo debate sobre as causas e as possíveis conseqüências da crise a nível mundial e em nossos países. Aprovamos, neste debate, um calendário de mobilizações unitárias em todo mundo. A primeira atividade desse sentido ocorreu no dia 30 de março, onde aconteceram mobilizações em vários países. No Brasil, mais de 130 mil trabalhadores participaram dos atos contra a crise em vários estados, onde apresentamos à sociedade nosso programa contra a crise. O primeiro passo já foi dado, agora é preciso ir ampliando e consolidando a unidade na ação.

Nesse sentido, companheiros e companheiras, temos de nos empenhar nos nossos estados, nas regionais, nos municípios onde temos base organizada, para construir um amplo campo de alianças com a participação dos movimentos sociais, pastorais sociais, organizações sindicais e estudantis, com o intuito de construir uma grande jornada de mobilização nacional.

A sugestão que está sendo construída é de se fazer uma grande mobilização na semana de 10 a 14 de agosto, com paralisação nacional no dia 14. Para este período também será construída a mobilização da juventude e do movimento estudantil. Portanto, que em cada espaço de nossa militância, atividades sejam pensadas e construídas em conjunto com outros setores da sociedade.




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1 comentário

Anônimo disse...

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