sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

As Lixeiras do Reitor

Não, não é a tapioca do ministro, não são os gastos da ex-ministra no free shop, não é a esteira rolante do segurança da filha do presidente, não são os abusos e os desperdícios cometidos pelos detentores dos 11 mil cartões corporativos que poderão ser levantados na CPI dos Cartões - caso gore a grande pizza que governistas e oposicionistas já ensaiavam assar no Congresso -, não são, enfim, os safados locupletamentos que servidores dos Poderes Públicos fazem, com o dinheiro dos contribuintes, que hão de permanecer, de ora em diante, como um marco histórico da falência moral de uma sociedade.

O marco histórico dessa falência são as lixeiras do reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, que custaram aos contribuintes mais do que dois salários mínimos, cada uma. Pois nessas lixeiras de R$ 990,00 estão simbolizadas, mais do que o despudorado desperdício de dinheiro público em futilidades privadas, literalmente "privadas", a criminosa fraude educacional brasileira, que consiste em retirar recursos da Educação e da Ciência para sustentar a pequenez das vaidades pseudo-acadêmicas e pseudocientíficas.

Só falta dizer que as lixeiras serviram como instrumento para a realização de relevante pesquisa científica em prol do progresso da ciência e da nação.

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