quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

III Fórum Humanista Latino-americano

Convocamos para o III Fórum Humanista Latino-americano a realizar-se em 7, 8 e 9 de novembro de 2008 em Buenos Aires (Argentina) todas as pessoas, instituições e organizações sociais, políticas, culturais e governos que queiram trabalhar para reforçar a integração latino-americana, sob o signo da não-violência e a liberdade de todos os habitantes de nossa região.


Antecedentes


Nos fóruns regionais precedentes, realizados em La Paz (2007) e em Quito (2006), advogamos por uma Integração Latino-americana para a Nação Humana Universal e por uma América Latina unida sem guerras e sem violência. Estes fóruns regionais têm como antecedente a nível mundial o fórum realizado em Moscou em 1993 e, nesta mesma região, o fórum realizado no México em 1994.

Há 15 anos, viemos fazendo referência à regionalização como parte do processo de mundialização, diferenciando este, claramente, da globalização que tende a homogeneizar e uniformizar e que derivou uma precária situação econômica e social, violando os direitos fundamentais das grandes maiorias deste continente.
Propusemo-nos a transformar esses fóruns em instrumento de informação, intercâmbio e discussão entre pessoas, agrupamentos, instituições e governos pertencentes às mais diversas correntes de pensamento, articulando ações conjuntas, e é o que viemos fazendo desde então também em numerosos fóruns locais, nacionais e regionais.


Nossa aspiração:


Não desejamos um mundo uniforme, mas múltiplo, múltiplo nas etnias, línguas e costumes. Múltiplo nas localidades, regiões e autonomias. Múltiplo nas idéias e aspirações, múltiplo nas crenças, o ateísmo e a religiosidade, múltiplo no trabalho, múltiplo na criatividade.

Aspiramos à unidade latino-americana e esta é uma intenção lançada ao futuro integrando os valores das diferentes culturas do continente, cujas raízes sustentam as idéias da universalidade do ser humano, o respeito pelas diferenças, o repúdio à violência e a superação do sofrimento social e pessoal.

E por que nos ocuparmos do futuro se as urgências de hoje no continente são de tal magnitude? Porque cada vez mais se manipula a imagem do futuro e se exorta a suportar a situação atual como se fosse uma crise insignificante e passageira. No entanto, é a imagem e representação de um futuro possível e melhor o que permite a modificação do presente e o que possibilita toda revolução e toda mudança.
A partir desta perspectiva, não há outra saída a não ser produzir uma transformação profunda dessa sociedade inumana, abrindo-a para a diversidade das necessidades e aspirações humanas. Tal transformação terá que assumir um caráter includente com base na essencialidade humana. Por isso, além das mudanças que se produzam nas situações concretas dos países, seu caráter deverá ser universalista e seu objetivo mundializador.

Nesse sentido, encorajamos e participamos de toda ação que vá nessa direção. No fórum de La Paz, reconhecemos os princípios da não-discriminação e não-violência que animam o governo da Bolívia e sua proposta para incluir a renúncia à guerra como artigo constitucional em todos os países da região. Coerentes com o compromisso assumido pelo Fórum Humanista Latino-americano, divulgamos essa valiosa tentativa e iniciamos inumeráveis ações de apoio internacional ao processo de mudança.

Linhas de Ação


Neste terceiro fórum, daremos continuidade aos eixos temáticos propostos nos fóruns regionais precedentes, dando prioridade à/ao:


1. Recuperação dos recursos naturais e energéticos em toda a região. Na América Latina estão surgindo projetos político-sociais que priorizam o bem-estar de seus povos acima da ditadura das exigências macroeconômicas. Neste sentido, a recuperação dos recursos naturais e energéticos e dos serviços básicos de água, luz e comunicações vai exatamente nesta direção.

2. Resolução de conflitos históricos para a integração latino-americana.

3. Liberdade de circulação das pessoas e a liberdade de residência.

4. Estabelecimento do direito regional à saúde e educação gratuita, e à qualidade de vida para todo ser humano na América Latina, como direitos fundamentais para construir a sociedade regional.

5. Estabelecer o diálogo entre gerações porque serão as novas gerações que, com seu olhar para o futuro, nos indicarão o passo para a regionalização.

6. Respeito para com a questão meio ambiental.É necessário construir uma legislação regional que freie a ação depredadora. Os recursos naturais e energéticos são as bases materiais de sobrevivência dos povos e asseguram seu futuro; portanto, não podem estar abandonados à ambição do lucro.

7. Exortar todas as organizações, grupos e instituições que nos acompanhem neste fórum a trabalhar para uma mudança simultânea tanto das condições externas como das condições mentais em direção ao profundo da consciência de cada indivíduo para conectar com os significados que estiveram empurrando a evolução do ser humano. Para o Novo Humanismo não será possível nenhuma transformação que não comporte esta mudança pessoal e social.


Vemos a necessidade de ir consolidando um movimento social amplo e diverso que se articule superando as fronteiras físicas e mentais que nos separam e que seja referente latino-americano para avançar para essa sociedade verdadeiramente humana a que aspiramos!



São momentos de mudança, de oportunidades e de futuro.


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