Desde a sua implementação na era menemista, os Humanistas sempre denunciamos o saque que significavam as AFJP. Porque por uma parte ficavam com 30% das economias dos trabalhadores em conceito de comissões por administrá-las, e por outra parte as administravam mal.
Hoje no mundo inteiro ficou claro como os bancos especulativos administram as economias da gente, eles são os principais responsáveis, junto dos governos neoliberais, do atual desastre.
É por esse motivo que apoiamos a iniciativa do governo argentino de que o Estado volte a ser quem administre os aportes das aposentadorias. Sabemos que houve épocas nas quais os governantes faziam um uso irresponsável de tais fundos; mas o Estado sempre estará, e o povo tem a potestade de escolher os governantes e o direito de controlar sua gestão. Enquanto que nunca o povo teve ocasião de escolher nem controlar aos depredadores que se refugiam no direito da "livre empresa", e depois quebram e desaparecem.
As AFJP foram desenhadas para gerar um negócio leonino para os bancos, e um mercado de capitais para a especulação financeira, e não para o investimento produtivo.
Seguramente que nestes dias veremos a todos os neoliberais que conduziram o país nos 90 se opor a esta iniciativa do governo, e também aos obsequentes defensores do Poder Econômico, hoje disfarçados de "opositores progressistas".
Mas, para os Humanistas fica claro que esta iniciativa deve ser aprovada no Congresso, de modo tal que se garanta a economia dos trabalhadores e que os excedentes financeiros do sistema sejam usados para promover a produção, em lugar da especulação.
Mas esta é uma primeira medida para salvaguardar aos argentinos da crise internacional. Depois devêssemos avançar para a criação de Bancos estatais sem Juros que substituam o sistema financeiro privado. Deve-se iniciar uma reforma tributária que garanta a redistribuição da riqueza e o reinvestimento produtivo dos lucros empresariais. Deve-se proteger a indústria nacional, no marco de acordos regionais. E para proteger às pessoas e potenciar o mercado interno, se deve criar um verdadeiro subsídio ao desemprego que cubra a cesta básica.
Definitivamente, se deve avançar para uma Economia Mista, na qual o ser humano seja o valor central.
Guillermo Sullings
Porta-voz do Humanismo na Argentina
Bs As, 21 de outubro de 2008
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