sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tomás Hirsch e o projeto argentino

"Respaldamos uma medida sólida, sábia e orientada a defender aos trabalhadores" - Santiago, 23 de outubro

O governo da Argentina administrará os fundos de pensão dos trabalhadores mediante uma lei de estatização. O do Brasil autorizará a compra de ações com fundos públicos por parte do Estado a instituições privadas. E o Chile? "O Chile é o país que nas suas políticas econômicas e sociais mais fortemente defende os interesses dos grandes capitais", diz o porta-voz humanista.

Há poucos dias a Presidenta da Argentina, Cristina Fernández, enviou ao Congresso um projeto para traspassar os fundos das AFJP ao Estado. Isto para defender a aposentados e pensionados da crise financeira atual porque, segundo suas palavras, a criação das administradoras privadas foi "um saque". Frase que foi cunhada pelo Partido Humanista argentino, que apoiou a iniciativa do Governo assinalando aos meios transandinos que "Os humanistas sempre denunciamos, desde a sua implementação na era menemista, o saque que significavam as AFJP".

Tomás Hirsch respalda completamente a medida efetuada pelo governo vizinho, e em conseqüência o apoio desde o humanismo: "O PH argentino foi o primeiro a colocar a necessidade de estatizar as AFP, para garantir aos trabalhadores aposentadorias justas de acordo às expectativas que ficam depois de trabalhar quarenta anos (…) Respaldamos uma medida sólida, sábia e, sobretudo orientada a defender aos trabalhadores".

Por outro lado, o governo brasileiro autorizou por decreto ao estatal Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para comprar ações e participações em instituições financeiras privadas, sobretudo em matéria de seguros, previdência social e fundos de investimento. "O Brasil o está fazendo porque é o caminho a seguir. O caminho mais responsável e que prioriza a essência dos trabalhadores por sobre o capital", disse Hirsch.

Singular é a posição do Chile ante o processo que estão levando os países da região, sobretudo ao fechar a possibilidade de estatizar setores econômicos. O porta-voz regional é claro: "No Chile os que têm o poder são os donos dos grandes capitais, e o Governo segue as instruções desses setores ao pé da letra. Não esqueçamos que o Chile foi o promotor, impulsionador e exportador do modelo neoliberal para toda a América Latina".

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